CURSO 1 | OS SUJEITOS DA LUTA ANTICAPITALISTA – ONTEM E HOJE
Horários: segundas, das 10:30- 12:00, começa dia 20/04
As aulas serão ministradas no canal do YouTube da Revista Movimento: https://www.youtube.com/c/RevistaMovimentoTV
As aulas serão ministradas no canal do YouTube da Revista Movimento: https://www.youtube.com/channel/UCkH1kU-eLsxh2P2fW-kOCEg
Carga horária inicial – 5 aulas
APRESENTAÇÃO DO CURSO
A demanda por saídas para a atual crise é premente. Trata-se de uma tarefa de grande magnitude, já que a situação é regressiva e exige uma resposta profunda, que só se realizará com uma mobilização de massas que adquira força revolucionária. O impasse é que, por mais que as contradições do capitalismo tenham assumido contornos cada vez mais evidentes e gritantes, especialmente no atual cenário de pandemia, até o momento não se desenvolveram movimentos e alternativas políticas com capacidade suficiente e necessária para superá-las por completo. Ainda que diferentes sujeitos políticos tenham se levantado e construído importantes lutas e formas de resistência no último período, em geral, uma alternativa clara ainda não foi consolidada e a classe trabalhadora em seu conjunto encontra dificuldades de promover uma resposta unitária, com um projeto estratégico de transformação social. O curso tem por objetivo estimular o debate sobre os sujeitos da luta anticapitalista, em perspectiva temática e histórica, com vistas a levantar elementos que ajudem a encarar tal contradição entre as condições objetivas e subjetivas que marcam a atual conjuntura de crise capitalista. Para tanto, pretende-se resgatar as contribuições fundamentais elaboradas em diálogo e tensão criativa com o movimento sindical, feminista, negro, LGBT, anticolonial, indígena, e que tiveram como ponto de partida o marxismo e seu arsenal teórico e político.
CRONOGRAMA
20/04 – 10h30 – Aula I – A classe como sujeito revolucionário da história
Expositores: Estevan Martins de Campos e Danilo Serafim
Mediadora: Zeneide Lima
Resumo: O que é classe e luta de classes?; a classe realmente existente e suas lutas: exemplos históricos; a formação da classe trabalhadora no Brasil; junho de 2013 e a classe trabalhadora hoje: dilemas e perspectivas
Sugestões de leituras:
CAMPOS, E.; CASSIN, M. Classes sociais em Marx e no marxismo, uma aproximação. Impulso, Piracicaba, 28 (72), p. 129-138, 2018. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/impulso/article/view/3876
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. “Burgueses e proletários”. Em: O manifesto comunista. São Paulo: Boitempo, 2010 (p. 40-51).
ANTUNES, Ricardo. “A classe-que-vive-do-trabalho: a forma de ser da classe trabalhadora hoje”. Em: Os sentidos do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009 (p. 101-115)
FUENTES, Pedro. Bem-vindo ao marxismo. Porto Alegre: Ed. Movimento, 2019. (p. 180-188)
GIANNOTTI, V. A história das lutas dos trabalhadores no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad X, 2007. (Capítulos 2, 3 e 4)
BRAGA, R. A política do precariado: do populismo à hegemonia lulista. São Paulo: Boitempo, 2012. (Parte I)
27/04 – 10h30 – Aula II – Anticapitalismo, gênero, raça e sexualidade: reconectando as partes e o todo
Expositores/as: Tatiane Ribeiro e Eduardo Carniel
Mediadora: Tamires Arantes
Resumo: O capitalismo e suas múltiplas formas de opressão; o protagonismo das mulheres, negritude, LGBTs na luta anticapitalista; o pós-modernismo e a lógica da fragmentação; as relações entre gênero, raça, classe, sexualidade e o conceito de totalidade; o debate sobre a interseccionalidade e os avanços da teoria unitária; por um movimento dos 99%
Sugestões de leituras:
MARCELINO, G. Marxismo e lutas setoriais: reconectando as partes e o todo. Revista Movimento, 2016. Disponível em: https://movimentorevista.com.br/2016/07/marxismo-materialismo-dialetica-feminismo-lgbt/
COLLINS, P. H. Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória. Parágrafo, v. 5, n. 1, p. 6-17, jan.-jun. 2017. Disponível em: http://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/559/506
ARRUZZA, C. Considerações sobre gênero: reabrindo o debate sobre patriarcado e/ou capitalismo. Revista Outubro, n. 23, 2015. Disponível em: http://outubrorevista.com.br/wp-content/uploads/2015/06/2015_1_04_Cinzia-Arruza.pdf
04/05 – 10h30 – Aula III – Feminismo e marxismo: a luta das mulheres e o desejo de transformar o todo
Expositoras: Fernanda Melchionna e Giovanna Marcelino
Mediadora: Luana Alves
Resumo:As relações entre marxismo e feminismo; o feminismo marxista e a “feminização” do marxismo; a teoria da reprodução social; o trabalho reprodutivo e o papel estratégico das mulheres; a luta das mulheres e sua história; crise do capitalismo e uma nova onda do feminismo: reprodução do capital x luta pela vida; as mulheres trabalhadoras, negras e periféricas no Brasil; as mulheres como um sujeito pmolítico e o papel do movimento feminista internacional; por um feminismo para os 99%; a agenda feminista e a construção de uma alternativa política
Sugestões de leituras:
MULHERES DO MES. Por um feminismo anticapitalista: mulheres na linha de frente da resistência e da construção de uma alternativa política. Revista Movimento, 2019. Disponível em: https://movimentorevista.com.br/2019/05/por-um-feminismo-anticapitalista/
DRUMOND, N. Nova onda feminista: o papel estratégico das mulheres. Revista Movimento, 2019. Disponível em: https://movimentorevista.com.br/2019/03/nova-onda-feminista-o-papel-estrategico-da-luta-das-mulheres/
MARCELINO, G. Feminismo, ponto de renovação do marxismo. Revista Outubro, n. 33, 2019. Disponível em: http://outubrorevista.com.br/wp-content/uploads/2020/01/02_Marcelino.pdf
11/05 – 10h30 – Aula IV –Marxismo e negritude
Expositores/as: Zeneide Lima e Josemar Carvalho
Mediadora: Tatiane Ribeiro
Resumo: A relação entre classe e racismo na estrutura do capitalismo emergente; a relação entre opressão e exploração na atual crise capitalista; o racismo estrutural; escravidão, colonialismo e capitalismo; os limites da democracia burguesa; a organização da negritude e exemplos resistência; o caso dos Panteras Negras; o genocídio; o encarceramento, a necropolítica, a pobreza e a fome; a luta nas periferias hoje
Sugestões de leituras:
Em breve.
18/05 – 10h30 – Aula V – O capitalismo do ponto de vista da periferia
Resumo: O sentido marxista de periferia; Marx e o marxismo no mundo tropical; o desenvolvimento desigual e combinado; exemplos da resistência periférica: a luta indígena e o ecossocialismo na América Latina.
Sugestões de leituras:
MORENO, Nahuel. Lógica Marxista e Ciências Modernas (capítulo V: Lei do Desenvolvimento Desigual e Combinado). São Paulo: Sundermann, 2007.
————————- Quatro teses sobre a colonização espanhola e portuguesa na América Latina. In: NOVACK, George. O Desenvolvimento Desigual e Combinado na História. São Paulo: Sundermann: 2008.
SANTOS, L. F. S. O pensamento de Marx, do marxismo e o mundo tropical. In: jesus Ranieri. (Org.). Além do Véu de Névoa: leituras e
reflexões em torno de O Capital, de Marx. 1ed. Campinas: Unicamp, 2018.
———————- Lógica Marxista e Amazônia em tempos de Bolsonaro. In: Revista Movimento, ano 5. nº 16. jan/mar 2020.
SHANIN, Teodor. Marx Tardio e a Via Russa: Marx e as periferias do capitalismo.
TIBLE, J. Lutas Cosmopolíticas: Marx e América Indígena. In: Revista Brasileira de Estudos Jurídicos. Disponível em: https://fasa.edu.br/assets/arquivos/files/RBEJ%20v_5,%20n_2_2010.pdf#page=15